Olá leitores ! Peço desculpas pelo tempo sem escrever. Vida de fotógrafo muitas vezes fica uma loucura total. Além de todos os clicks e clientes, tem a família, que é fundamental. Então vou aproveitar meu vôo para Cuiabá e escrever um post novo ! No vôo de volta escrevo sobre como foi fotografar em MT com 40 graus na cabeça…rs.

Nesse tempo que fiquei sem postar, fotografei bastante coisa diferente. De coletiva de imprensa a ensaio de gestante. Mas hoje vou falar sobre um show que fotografei na sexta-feira, e que como muitos alunos vieram com dúvidas sobre show para mim, acredito que será interessante.

Eu fui fotografar um musical da Broadway, chamado Jekyll & Hyde – o médico e o monstro. O espetáculo aconteceu no Teatro Bradesco, que fica no interior do shopping Boubon. Apesar de ser dentro do shopping, o teatro surpreende pelo tamanho, beleza, estrutura e organização. Eu cheguei e fui direto para a entrada de serviço, já que a portaria só abre próximo da hora do show ( essa é a primeira dica…. ). Minha boa impressão com a organização começou logo na entrada. Passei meu nome e em menos de 1 minuto o segurança já havia localizado minha autorização prévia e liberado a entrada. Como eu não conhecia o local, cheguei um pouco antes para poder explorar os ângulos e posicionamentos. Fiz um reconhecimento breve dos camarotes, frisas e platéia. Nesse tempo encontrei a responsável pela peça, que foi muito simpática e colocou-se à disposição caso houvesse algum contratempo. Ainda havia um tempo considerável para o início do espetáculo, então voltei novamente para o interior e testei os ângulos que tinha pensado em clicar. Aqui vai uma pausa para um detalhe: normalmente em show a gente ( fotógrafo ) fica no “fosso”, que é o espaço entre o palco e a platéia. Dessa forma as fotos saem sempre com o enquadramento “de baixo para cima”. E o legal desse teatro é que justamente o fosso seria o único lugar aonde eu não poderia ficar, pois existia uma orquestra que faria a música do espetáculo. Sinceramente eu achei ótimo, pois dessa forma permitiria que eu mudasse um pouco a visão e isso ia permitir exercitar a composição. E obviamente o resultado final seria diferente do que normalmente faço em shows. Vamos adiantar um pouco o tempo, pulando a descrição das pessoas chegando e ocupando seus lugares para já falar do momento do musical. Aqui vem mais um detalhe importante. Em shows é muito comum o som ser demasiadamente alto, o que para mim é bom porque simplesmente anula qualquer ruído da câmera ou da minha movimentação/troca de equipamento. Só que nesse caso a dificuldade foi maior, porque o som era baixo a maior parte do tempo, com apenas uma voz cantando e a orquestra acompanhando. Então o click poderia sim incomodar as pessoas que pagaram para estar lá. E como a organização havia me deixado com liberdade de ação, não queria que de forma alguma chegasse uma reclamação ( gosto de ser conhecido por ser “invisível” trabalhando…rs ), até poque isso poderia criar empecilhos para o próximo fotógrafo que venha a trabalhar lá. Bom, então o que fiz para conseguir trabalhar ? Improviso, claro…. Em fotografia ou a gente tem verba infinita para comprar tudo ou o improviso passa a ser peça fundamental. Nesse caso eu fiz de duas formas: nas partes aonde a música era mais alta, clicava normalmente. E nas passagens mais silenciosas eu clicava no modo “live view” com a opção “silent” ligada. Isso porque o movimento do espelho que é a grande causa do som característico das DSLR´s. Cortando esse movimento o nível de ruído cai consideravelmente. E fui dessa forma alterando entre os modos para conseguir fotografar. E no final, mais uma vez fiquei feliz com o resultado e gostei também do musical. E antes que me perguntem: sim, foi em RAW. JPG eu só uso em fotojornalismo por causa do tempo escasso entre o click e a foto online.

Espero que tenham gostado e quem quiser sugerir um tema para eu falar, fique à vontade. Abraços,

Guto Marcondes – fotografia

www,gutomarcondes.com.br

twitter: @gutomarcondesbr


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