Olá !! Primeiro quero me desculpar pela demora entre os posts. Além de clicar, editar e também negociar eu consegui um antigo sonho que era dar aula de fotografia. Estou muito contente, e como elas opcupam um espaço de tempo que antes era ocioso, acabam atrasando um pouco os posts. Mas então chega de desculpas e vamos logo ao que interessa.

Hoje quero falar um pouco de fotojornalismo. Esse é um job que fiz e que foi muito legal, por isso queria compartilhar. Foi em Campinas, em um conhecido hotel 5 estrelas. Haveria a apresentação para a imprensa de toda a linha de veículos “modelo novo”. Como Campinas é próxim ode São Paulo, fomos de carro. Chegamos cedo, e fomos fazer reconhecimento do local, espaços e aproveitamos para o check-in também. Já aproveitei e montei o equipamento e deixei carregador, mochila e acessórios no quarto. Em pouco tempo começou a chegar um monte de jornalista, de várias partes do país. E também teve início ao test-drive dos veículos. E aí que está a parte da “adrenalina” que mencionei no nome do post. Eu fiquei responsável pelo “camera car”. É o termo que usamos para falar do fotógrafo que vai clicar os carros em movimento, estando em outro carro também. Eu gosto de fazer camera car. Só que dessa vez ao invés de usarmos uma pista de teste ou um autódromo fechado, teria que ser feito nas rodovias Anhanguera-Bandeirantes. Imagina a cena: Eu, pendurado na janela traseira de um Polo ( que o vidro não abre inteiro ) no meio da estrada, a 120Km/h, tentando um bom enquadramento. Para vocês entenderem a dificuldade, quando estiverem na estrada a essa velocidade, abaixem o vidro coloquem a mão para fora do carro. Vão perceber como o vento é forte. Conseguir estabilizar a câmera, com baixa velocidade e ainda assim não errar o enquadramento e não tremer é quase uma missão insana, mas muito divertida. Eu quando fotografo gosto das dificuldades pois elas sempre me ajudam a evoluir e a desenvolver minha técnica e forme de clicar. Nessa situação é claro que muitas fotos são perdidas, mas justamente temos que tentar diminuir ao máximo essa quantidade, até porque cada clique tem um custo ( apesar de muitos acharem que só porque é digital não tem, estão redondamente enganados e saberão disso quando receberem a primeira conta da assistência técnica ). Fotos feitas, voltamos ao hotel para descarregar e enviar na sala de imprensa. Passei o dia fotografando várias situações. Foi uma correria tão grande que quando a primeira parte do evento terminou, às 18h, eu ainda não havia nem conseguido almoçar. Foi o tempo de tomar um banho e descer para a abertura oficial e apresentação. Assim que entrei no local já vi a dificuldade: O WB estava confuso, com luzes 2800K a 6000K. Iria ter que priorizar uma fonte e ter que acertar para que o pós-processamento não demorasse demais. Já que em fotojornalismo é “tudo para ontem”, usar RAW nem pensar… atrasaria demais qualquer tentativa de entregar as fotos no horário. Final de noite com um jantar, e até que enfim, depois de mais de 14 horas, consigo fazer uma refeição que não fosse café e pão de queijo. Se não tiver emoção, correria, adrenalina e principalmente “dar o sangue”, não é o fotojornalismo mais legal de fazer ( pelo menos na minha humilde opinião…rs ). Espero que gostem e aproveitem para anexar duas imagens aleatórias que fiz, sem tratamento, só resize, Quem quer ver fotos estáticas depois posto umas que sairam no jornal Agora, reportagem de página inteira ( orgulho !! ). Obrigado mais uma vez pela paciência em ler e esperar. Já estou pensando no próximo post e prometo que não vai demorar. !!
Guto Marcondes – fotógrafo
www.gutomarcondes.com.br
twitter: @gutomarcondesbr

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